
Portugal destaca-se como um dos países que se situa acima da média europeia na melhoria da eficiência energética no setor residencial, de acordo com dados recentes do Eurostat. Nos últimos 5 anos, cerca de 30% dos lares portugueses beneficiaram de intervenções com vista a aumentar a sua eficiência energética, superando a média da União Europeia de 25%. Ainda assim, Portugal situa-se no 13.º lugar entre os 27 países que fazem parte do bloco.

O relatório indica que a população em risco de exclusão social ou pobreza tem menos probabilidade de viver em casas que tenham sofrido intervenções com vista ao aumento da eficiência energética, comparativamente ao grupo que não enfrenta estes riscos.
No segmento de pessoas com maior risco de pobreza e exclusão, a Estónia, Países Baixos e Lituânia reportaram as maiores taxas de investimento em eficiência energética – 47,8%, 45,1% e 32,5%, respetivamente. No extremo oposto, encontram-se o Chipre (5%), Malta (6,7%) e Itália (6,9%).
Iniciativas como o Plano de Poupança de Energia e o Observatório Nacional da Pobreza Energética, bem como programas como o ‘Vale Eficiência’ e ‘Edifícios Mais Sustentáveis’ têm desempenhado um papel crucial na promoção da reabilitação energética de edifícios e na redução do consumo energético no setor residencial.
Apesar deste resultado refletir o compromisso do país com a sustentabilidade e a diminuição do consumo energético, ainda existe um longo caminho a percorrer para assegurar o acesso generalizado a habitações confortáveis e energeticamente eficientes. O investimento contínuo em políticas públicas é crucial para reduzir desigualdades e impulsionar a transição para uma economia mais sustentável.