Inovação na Energia: O Papel do Consumidor e das Comunidades de Energia – Podcast com Paulo Ferrão

No mais recente episódio do podcast “ADN da Energia”, do Observador, Paulo Ferrão explora a transformação do setor energético e como os consumidores estão a tornar-se protagonistas na transição energética. Esta revolução, impulsionada por inovações tecnológicas e regulamentares, promove a democratização da energia, permitindo que indivíduos e comunidades produzam, consumam, armazenem e partilhem eletricidade de forma eficiente e sustentável.

 

O Papel do Consumidor na Democratização da Energia

Antigamente, os consumidores eram apenas recetores passivos de energia, produzida de forma centralizada e maioritariamente ineficiente. Hoje, a produção de eletricidade a partir de fontes de energia renováveis, como as solar e eólica, coloca os consumidores no centro do sistema. Ao adquirirem sistemas fotovoltaicos, por exemplo, tornam-se simultaneamente consumidores e produtores e contribuem para a redução da sua fatura de eletricidade. De forma sustentada, começam a surgir as Comunidades de Energia Renovável, onde cidadãos, num raio de até 2 km, podem partilhar energia, comprando e vendendo entre si através de redes inteligentes bidirecionais.

 

Inovações que Moldam o Futuro

A flexibilidade que pode vir a ser oferecida pelas Comunidades de Energia será seguramente no futuro uma solução estratégica para enfrentar a variabilidade das fontes renováveis, transformando bairros em “baterias” capazes de apoiar a rede elétrica nos momentos de maior necessidade.

A Inteligência Artificial e a Internet das Coisas (IoT) estão a redifinir o futuro do setor. Prevê-se que sistemas de gestão de energia consigam antecipar padrões de consumo e modelá-los em resposta a sinais de mercado, reduzindo custos e contribuindo para o equilíbrio do sistema elétrico.

 

Novas Oportunidades e Sustentabilidade

A transição energética, não reduz apenas a pegada de carbono, mas também abre caminho para novos modelos de negócio e a criação de emprego qualificado. Este cenário impulsiona o surgimento de startups que disponibilizam produtos e serviços que promovem uma utilização mais eficiente dos recursos e facilitam o envolvimento dos cidadãos..

Para alcançar a neutralidade climática até 2030, é essencial intensificar a inovação, fortalecer a regulamentação e promover a cooperação entre consumidores, empresas e governos.

Ouça aqui o episódio completo no site do Observador e descubra como pode contribuir para esta revolução energética em Portugal.