Plenário ‘Financiamento da Ação Climática’: Fontes, ferramentas e casos práticos

No dia 20 de fevereiro de 2025, realizou-se uma sessão plenária organizada pela Cidades pelo Clima, dedicada ao Financiamento da Ação Climática. O evento, que decorreu online entre as 14h30 e as 16h30, foi conduzido por João Fachada, Mestre em Economia pela Nova School of Business and Economics

O objetivo da sessão foi explorar fontes e ferramentas de financiamento, permitindo aos municípios identificar as melhores opções para viabilizar projetos climáticos, promovendo um debate enriquecedor sobre estratégias e oportunidades de financiamento

A necessidade de financiamento climático 

As cidades são responsáveis por 70% das emissões de gases com efeito de estufa na UE e consomem 65% da energia global. Para cumprir os objetivos do Acordo de Paris e atingir a neutralidade carbónica até 2050, será necessário um investimento anual entre 175 e 290 mil milhões de euros na União Europeia e 2,1 a 2,5 mil milhões de euros em Portugal

Dada a complexidade da transição climática, os municípios precisam de combinar diferentes fontes e ferramentas de financiamento, garantindo que os projetos são economicamente sustentáveis e socialmente viáveis. 

No entanto, nem todos os municípios partem das mesmas condições para captar financiamento. Existem municípios de maior e menor dimensão, aqueles que possuem recursos técnicos especializados e aqueles que não os possuem, para além das diferentes exposições a riscos climáticos que criam realidades distintas. Torna-se, pois, essencial a partilha de boas práticas e a cooperação entre municípios para superar essas diferenças. 

Neste contexto, a sessão destacou a importância dos municípios combinarem fontes de financiamento diversificadas com ferramentas financeiras adequadas, adaptadas às suas necessidades e capacidades, exigindo uma abordagem inovadora e integrada. 

O debate reforçou que, para garantir um financiamento eficaz, as cidades devem estruturar projetos sólidos, atrativos para investidores e alinhados com as metas de sustentabilidade. A colaboração entre municípios, especialistas financeiros e cidadãos será fundamental para acelerar a ação climática e construir um futuro urbano mais sustentável e resiliente.