
Guimarães assumiu a liderança nacional no número absoluto de Unidades de Produção para Autoconsumo (UPAC), com um total de 6.061 instalações espalhadas pelo concelho, segundo dados disponibilizados pela E-Redes, concessionária da distribuição de eletricidade em Portugal Continental.
Embora o sul do país apresente maior potencial para a produção de energia solar, é no norte que a adesão ao autoconsumo é mais expressiva, destacando-se Guimarães como o concelho líder em todo o território.
Autoconsumo em crescimento
O autoconsumo de energia — produção própria de eletricidade para consumo direto em casas, empresas ou equipamentos públicos — tem vindo a crescer de forma significativa em Portugal, especialmente desde 2022. Esta expansão é visível tanto em áreas urbanas como em zonas industriais, e tem sido um contributo essencial para reduzir a dependência energética e acelerar a transição para energias limpas.
A E-Redes na plataforma de Open Data, disponibiliza informação detalhada e atualizada sobre a evolução do autoconsumo em todos os municípios portugueses. Foi através dessa ferramenta que Guimarães foi identificado como líder nacional neste segmento.
Um exemplo para outras cidades
A liderança de Guimarães no autoconsumo solar sublinha o papel central dos municípios no cumprimento das metas climáticas e energéticas do país. O dinamismo vimaranense mostra como o envolvimento de cidadãos, empresas e poder local pode acelerar a transição energética, tornando a cidade um território pioneiro em sustentabilidade e neutralidade climática.
Mercado em abrandamento
Apesar do crescimento acumulado, 2025 está a ser marcado por uma desaceleração do mercado solar.
Segundo a EDP e a E-Redes, fatores como o fim dos apoios do Fundo Ambiental, a subida das taxas de juro e o aumento do IVA dos painéis solares de 6% para 23% têm travado novos investimentos, sobretudo no segmento residencial.
Mesmo assim, Portugal já ultrapassa as 256 mil instalações de autoconsumo, correspondendo a cerca de 4% dos clientes de eletricidade em Portugal continental.
As empresas do setor confirmam o passo mais lento, mas também apontam para uma tendência clara: o crescimento da procura por baterias, que permite armazenar a energia solar para utilização posterior, aumentando a autonomia e a resiliência dos consumidores.
Porque importa o autoconsumo?
O autoconsumo energético permite:
- Reduzir custos de eletricidade;
- Aumentar a independência energética;
- Aproveitar fontes renováveis locais, contribuindo para a descarbonização;
- Fortalecer comunidades de energia, que podem partilhar excedentes entre vizinhos.
Consulte os dados completos aqui: E-Redes Open Data – Unidades de Produção para Autoconsumo



